domingo, 29 de julho de 2012

CPRecife termina na expectativa de nova edição em 2013


Organizador diz que edição recifense foi a melhor do evento até hoje. Infraestrutura, como alimentação e internet, foram pontos negativos



A primeira Campus Party fora de São Paulo chegou ao seu encerramento oficial neste domingo (29) com uma repercussão positiva por parte dos visitantes e dos campuseiros que acamparam durante três dias no Centro de Convenções. Mas, o maior evento de tecnologia que o Estado já conheceu, termina com uma indefinição sobre seu futuro. Apesar da promessa do Governador Eduardo Campos, a organização da Campus prefere não arriscar uma confirmação da edição 2013.


Segundo Bruno Souza, presidente do Instituto Campus Party, esta primeira edição local está sendo tida como uma “edição especial”. Mas, a expectativa é alta para o ano que vem. Segundo o NE10 apurou, a organização já sondou datas no Chevrolet Hall para o mês de julho de 2013. Com cerca de 800 campuseiros acampados e 2 mil inscritos para assistir palestras e oficinas na Arena, a Campus trouxe um bom volume de público em todos os dias. Segundo Souza, 3 mil pessoas circularam pela Arena da Campus.

Outro número que dá ideia do sucesso desta edição inaugural foi a presença de campuseiros vindos de fora de Pernambuco. Representantes de 20 Estados marcaram presença nesses três dias. Outros países também estiveram por aqui: usuários da Espanha, Suécia, Portugal e EUA se inscreveram para as atividades. De conteúdo, foram 200 horas de palestras, atividades, oficinas, debates e fóruns, em cerca de 180 atividades, em uma área de 30 mil metros quadrados. “Acredito que Recife será o próximo Vale do Silício”, disse o diretor-geral da Futura Networks, Mário Teza. “Vocês não foram os primeiros nem os maiores, mas esta foi a melhor Campus Party até hoje”, disse para delírio da plateia campuseira.



Os palcos Michelangelo, Pitágoras, Stadium, Galileu, além do principal, ficaram lotados em quase todos os eventos da agenda. O destaque ficou para o tema empreendedorismo que marcou o evento, seja nas palestras e debates, ou mesmo nos eventos que promoveram encontros de startups com investidores e público, como o Wayra Contest. O Sebrea também realizou encontros e deu instrução sobre como fazer um plano de negódio. Entre os nomes que mais chamaram atenção estão Bel Pesce, autora do livro “Menina do Vale”, o ex-engenheiro da Nasa, Mike Comberiate e o fundador do Partido Pirata, o sueco Rick Falkvinge.

Na Área Expo, gratuita, o público marcou presença no final de semana, lotando estandes como a grafitagem virtual da Prefeitura do Recife, o Cubo de Conteúdo da Vivo (com disputas de Song Pop ao vivo e batalhas nerd) e exibições de robótica. O número oficial de pessoas ainda não foi divulgado, mas, pelo que pudemos perceber nesses três dias, a visitação foi grande.

Já a infraestrutura deixou a desejar, repetindo erros da edição paulista. Campuseiros reclamaram da comida tanto na pequena área de alimentação dentro do Chevrolet Hall, quanto do restaurante oficial, que ficava na área externa. Outro problema foram as poucas saídas disponíveis para dar vazão ao contigente de pessoas, o que acabava ocasionando filas para entrar.


Mas, a internet foi o que mais incomodou os campuseiros. A conexão apresentou problema todos os dias, tanto no wifi quanto através do cabo de rede. Neste domingo, foram cerca de meia hora offline, em dois momentos. Outros usuários reclamaram que tinham o fuso-horário mudado para Bogotá, na Colômbia, todas as vezes que se conectavam à rede wireless. Segundo Mário Teza, diretor da Futura Networks, o problema foi verificado a tempo e corrigido. Na maior parte do tempo, a conexão de 5GBps funcionou bastante bem. “Esse cabeamento que a Telefónica trouxe para o evento vai ficar como um legado para o Recife”, disse Bruno Souza.





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